Ultimamente a internet tem se tornado a fonte de novos problemas familiares. Na última terça-feira (16/11) uma adolescente de apenas 13 anos desapareceu após marcar um encontro com um homem pela internet e só foi localizada quase uma semana depois. No nordeste duas meninas foram encontradas mortas após saírem de casa para um encontro com um homem que haviam conhecido pela internet. Além desses casos, tem se tornado comuns manchetes em jornais falando de casos de pedofilia e também bullying virtual.
Diferente de quando a internet começou a se popularizar no Brasil no final da década de 1990, quando os ataques eram contra documentos de empresas, vírus para roubar dados de contas bancarias de usuários domésticos, os crimes agora têm se voltado diretamente contra os usuários, sobretudo adolescentes que fazem uso de sites de relacionamento, bate-papo e MSN.
É muito importante que os pais estejam sempre atentos nas atividades dos filhos pela internet. Muitos desses casos de seqüestro, pedofilia e assassinatos que temos visto ultimamente cuja origem é encontros marcados pela internet em salas de bate-papo poderiam ser evitados se os pais estivessem mais atentos às atividades que os filhos estão desenvolvendo a frente do computador e orientando-os aos riscos presentes na vida virtual que frequentemente se voltam para o real, entretanto o que se observa são pais e mães que deixam seus filhos horas à frente do computador por motivos diversos e esquecem de dar o mínimo de atenção necessária ao filho. Os pais devem ser mais presentes na vida dos seus filhos e não deixar que a internet os “crie e eduque”. Outra ação por parte dos pais seria incentivar os filhos a praticarem outras atividades, além das realizadas no computador, como esportes e atividades artísticas, ou seja, fazer com que seu filho participe não somente do mundo virtual, mas também do real, pois este é onde ele realmente vive.
Entretanto nenhuma ação por parte dos pais e até mesmo da escola não será eficaz se o jovem usuário da internet não tomar consciência de seus atos on-line. É inadmissível que um adolescente em sã consciência marque encontros com quem ele nem sabe ao certo que é, bem como fale da intimidade familiar abertamente nas redes sociais. Nesse caso mostra-se necessário mais do que informação dos meios de comunicação, pais e escolas, é preciso conscientização por parte dos jovens e um pouco de maturidade, pois esses casos são revoltantes não somente pelo desaparecimento e pelas mortes, mas também pela irresponsabilidade.
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