segunda-feira, 24 de junho de 2013

O papel das redes sociais nas manifestações

Sempre fui defensor do uso das redes sociais. Mesmo quando dava aulas de Informática Educacional em uma escola pública do interior de São Paulo incentivei os alunos a utilizarem esse recurso e criava várias situações de aprendizagem. Muitos pais e até mesmo os professores não aceitavam totalmente o uso dessa ferramenta como recurso pedagógico afirmando que isso era perca de tempo. Meu discurso era sempre o mesmo: o uso das redes sociais é inevitável para as pessoas do século XXI, nada melhor então, que ensinar as crianças na escola como utilizarem essa ferramenta com objetivos educacionais, adquirir conhecimento, trocar informações e aprender a discernir o certo e o errado, enfim utilizar para algo útil e não somente com futilidades. E hoje, mais do que nunca a força das redes sociais se torna visível. No Brasil, a exemplo do que aconteceu em alguns países do norte do continente africano e parte do Oriente Médio na chamada Primavera Árabe a população se organizou por meio das redes sociais para ir às ruas protestar cada um pelos seus interesses. Tudo começou com protestos contra o aumento do preço das passagens, mas engana-se quem ainda pensa que os protestos são somente por isso. O aumento das tarifas de ônibus e do custo de vida das pessoas nas grandes cidades foi somente o “estopim” para uma grande onda de manifestações. Aparentemente os brasileiros resolveram tomar uma atitude em relação aos diversos problemas sociais de nosso país causados pelas más gestões dos governantes ao longo dos últimos anos. Porém, o objetivo desse texto não é mais uma vez falar das causas que levaram o povo às ruas, pois já fiz isso na semana passada, mas sim enfatizar a importância da internet e das redes sociais nesse tipo de ocasiões. As notícias correram em uma velocidade surpreendente. As informações eram atualizadas em tempo real e a organização e chamada para as ruas era quase que totalmente realizada por meio das redes sociais. Os estudantes, talvez pela primeira vez perceberam a força da internet e fizeram bom uso. Talvez o maior triunfo dos manifestantes tenha sido o fato de não se deixarem influenciar pela grande mídia ou de tentarem não deixar essa grande mídia influenciar quem estava de fora mostrando de dentro das manifestações o que estava acontecendo a todo o momento. Para isso fizeram com que em poucas horas milhares de vídeos e fotos invadissem as redes sociais. E o melhor desse tipo de informação é que ela mostra as notícias com olhar de quem está dentro das manifestações.
O que podemos concluir com os protestos e a forma com que as pessoas se articularam é que assim como na chamada “primavera árabe” o povo usou as redes sociais para se articularem mostrando a todos que ainda duvidavam o poder da internet para articular e espalhar ideias. Acredito que as redes sociais jamais serão vistas com os mesmos olhos. 
Atualmente os governos federais, estaduais e até mesmo os municipais utilizam as redes sociais de uma forma simplista e rasa simplesmente para divulgar ações, ou seja, como um meio publicitário. Quem sabe a partir de agora os governos utilizem essas redes sociais para descobrir o que as pessoas estão pensando e os anseios da população para entender o que precisa ser feito para atender as necessidades da população.

domingo, 23 de junho de 2013

Os atos de vandalismo são justificados?

Primeiramente quero deixar bem claro que não sou a favor de atos de vandalismo, tanto contra propriedades privadas quanto públicas. Esses atos causam prejuízos desnecessários.
Vale lembrar também que quando há depredações em patrimônios públicos o dinheiro para reparar os danos saem dos cofres públicos. E com certeza vão aproveitar essas reformas para desviarem dinheiro público meu e seu.
Porém, apesar das depredações serem desnecessárias elas são de certa forma justificáveis mesmo sendo incorretas. O povo brasileiro apanhou da elite que se fixou aqui desde o período colonial. Agora o povo se revoltou! O que está acontecendo não são atos de vandalismo.
"Vandalismo" é o que a Guarda Nacional faz com o povo desde o período regencial, é o que os militares republicanos (aqueles que criaram essa bandeira que você carrega nas costas) fizeram com os sertanejos em Canudos, é o que Pereira Passos fez no RJ na Revolta da Vacina, é o que a PM faz nos morros em toda operação preventiva; é o que Eduardo Paes faz com as famílias cariocas desalojando-as para a passagem de estradas; é o que Sérgio Cabral faz com regiões históricas da cidade para a construção de estacionamentos e prédios empresariais. O povo (principalmente negros, índios e mulheres) passou por 500 anos sendo vandalizado cotidianamente, vivendo uma democracia do canhão dentro de suas próprias casas. Toda a ira nas manifestações agora, nada mais é do que uma resposta espasmática a tudo isso. Sinto pena de pessoas mortas e não de prédios públicos. PRÉDIOS SÃO APENAS PRÉDIOS E SEMPRE SERÃO. A VIDA DO POVO É MUITO MAIS IMPORTANTE. Sinto pena é de pessoas morrendo em filas de hospitais e muito mais pena de crianças que não tem oportunidade de terem uma escola de qualidade para aprenderem acima de tudo o valor da educação para que não destruam a escola ou desrespeitem seus professores.
O maior ato de vandalismo parte dos políticos contra a sociedade! Parte do texto foi redigido por: https://www.facebook.com/gabriel.feitosa

sábado, 22 de junho de 2013

Protestos em Fernandópolis em vídeo

Vídeo gravado durante a passeata que ocorreu na manhã de hoje (22-06-2013) em Fernandópolis.
Gravação minha. Se for publicar em algum lugar fique a vontade, mas dê os créditos ein!

Os palhacinhos dos protestos.

Uma coisa que não entendo é a necessidade de ofender outras pessoas e os políticos com palavrões ou do jeito que os coleguinhas da foto aí fizeram. Desnecessário! Mas, acredito que eles sabiam que estavam fazendo papel de idiotas, por isso usavam máscaras.



Outro exemplo de despreparo é o mostrado na faixa abaixo. Dispensa comentários

Pior do que escrever errado é defender uma causa sem entendê-la ou ainda defender de forma errada. Não acredito que o cidadão aí saiba de fato o que é o "ato médico".
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Os manifestantes em Fernandópolis

Nesta manhã, centenas de pessoas ocuparam as principais ruas de Fernandópolis aderindo aos protestos que estão ocorrendo em todo o país e este que vos escreve esteve junto aos manifestantes ouvindo as reivindicações e também os comentários das pessoas que estavam somente observando o movimento. Junto com os manifestantes(?) eu acompanhava as notícias que circulavam pelas rádios da cidade e pude chegar em algumas conclusões. 
Os problemas na educação são realmente visíveis nessas manifestações. Pude perceber em diversas ocasiões isso, mas a que mais chama a atenção foi a entrevista que um jovem que estava carregando um cartaz contra a PEC 37 deu para uma rádio da cidade. Questionado sobre a PEC o "manifestante" não soube explicar do que se tratava e alegou que estava com o cartaz de outra pessoa. Além desse jovem, não era difícil perceber que além dele uma boa parte não sabia realmente o motivo pelo qual estava ali.
Infelizmente muitos não estavam ali por questões políticas ou ideológicas. Estavam simplesmente pelo barulho ou para ver o que ia acontecer (mesmo assim é válido, mas muito superficial, temos que saber do que estamos falando quando falamos). 
Outra frustração acerca dessa manifestação foram as palavras de ordem relacionadas a questões federais e estaduais, assim como a PEC e até mesmo o aumento da passagem de ônibus na cidade de São Paulo. Tudo bem colocar em pauta essas questões, porém acredito que o foco deveria ser questões locais, sobretudo pelo fato desses manifestos não serem publicados em noticiários de abrangência nacional. As cidades do interior, mesmo as pequenas têm sérios problemas de ordem pública, sobretudo em saúde (atendimento de péssima qualidade nos postos de saúde, pronto-socorros, e falta de medicamento nas farmácias públicas), educação (falta de creches, baixo salário dos professores e condições ruins de algumas escolas) além da falta de emprego.
Portanto, é possível perceber que a iniciativa foi boa, aproveito a oportunidade para parabenizar os organizadores, porém faltou foco. As reivindicações estavam utópicas. Vamos observar a nossa realidade e lutar primeiramente pelas causas locais. 

Ah... E se você quer participar dos protestos, procure se informar um pouco mais sobre o que está acontecendo no país e em sua cidade. Estude para não ter respostas superficiais ou se perder nas questões políticas e ideológicas. Saber mais nunca é de mais. A causa é nobre, seja nobre você também com os nossos ideais e objetivos. 

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Click para ampliar as fotos! Em breve mais fotos!



sexta-feira, 21 de junho de 2013

Sobre os protestos no Brasil

Atualizando...
Algumas pessoas pediram minha opinião sobre os assuntos e durante os últimos dias em todas as aulas em todas as escolas que passei o tema foi abordado, mesmo que superficialmente. Mas, não acredito de forma alguma que esse assunto deva ser tratado superficialmente, sobretudo pelos governantes do nosso país.
Durante a semana que se passou desde a quinta-feira passada (13-06) ouvi muita coisa pela televisão (sim, assisti TV durante esses dias, mas foi para ouvir o que a “grande mídia” tinha a dizer). Nesse período algumas coisas chamam a atenção. No começo os manifestantes eram chamados de baderneiros, arruaceiros, vândalos e um jornalista famoso chegou a comparar os manifestantes com integrantes do PCC, porém com o passar dos dias o tratamento dado aos manifestantes foi mudando e nos principais jornais televisivos o que se ouvia é que era uma bela manifestação, o exercício da cidadania e um exemplo de democracia e quando acontecia depredações e atos de vandalismo faziam questão de falar que isso estava partindo de minorias. Mas porque essa mudança? Porque a TV começou a apoiar as manifestações? Não podemos esquecer que a grande mídia (você sabe de quais meios estou falando) tem seus próprios interesses, que são de direita, eles não estão pensando no povo. A grande mídia tem seus próprios interesses e age como for necessário para defender esses interesses. Talvez por isso a TV tenha dado tanta importância aos conflitos que ocorriam quando os manifestantes encontravam grupos partidários com bandeiras de partidos de esquerda, querendo colocar a população contra esses partidos. Hostilizar pessoas nas ruas porque elas estão defendendo uma bandeira qualquer é ir contra a liberdade de expressão das pessoas. Pense nisso! Tudo bem que você pode se considerar apartidário, mas isso não dá o direito a você de hostilizar ninguém. Não deixe a mídia te controlar. Não perca o foco nas manifestações. Não podemos lutar uns contra os outros. O alvo é outro.

Lembrando mais uma vez que as ideias expostas aqui são só a minha opinião você não é obrigado a aceitar, isso é só um convite ao pensamento crítico.


Outra coisa: muita gente está falando que os textos são curtos e não estão tratando de todos os assuntos completamente. É porque o  objetivo não é esgotar ao máximo todos os assuntos e escrever dissertações de mestrado para postar no blog. A ideia é simplesmente expressar minha opinião e ajudar você que é leitor do blog a formar a sua! COMPARTILHE A PALAVRA.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Fernandópolis: a cidade com governantes que não gostam de história

Não pretendo fazer um artigo muito extenso. Esse é só mais um texto de reflexão.
Algumas coisas aqui na minha cidade me inquietam muito, mas uma delas vem me chamando a atenção há algum tempo e é a questão da história do município. A cidade já tem dois livros publicados que contam a sua história , mas andando pela cidade é possível observar algumas contradições relacionadas ao passado do município, o que me faz acreditar que o maior objetivo das duas obras, sobretudo a última (publicada no ano passado) tenha muito mais objetivos políticos do que históricos.
A cidade tem um museu? Sim a cidade tem um museu, mas ele está caindo aos pedaços literalmente e o poder público há muito tempo não faz absolutamente nada para reverter essa situação.
O prédio apresenta rachaduras, infiltrações e goteiras. Além disso encontra-se fechado para a visitação do público. Além desses problemas estruturais há um muito maior que é a falta de investimentos em conscientização por parte da prefeitura, escolas e professores da importância de se ter um museu na cidade que conta a história do município e de sua população. Talvez esse seja o pior dos problemas e por isso o prédio tenha chegado ao estado em que se encontra. A situação é tão crítica que nem na calçada é possível andar, como é possível ver pela foto acima.

Além do descaso com o museu, um patrimônio histórico menor, porém de grande valor histórico é o monumento pelo cinquentenário da cidade que ficava ao centro da avenida Líbero de Almeida Silvares. Esse monumento também sofreu no ano passado com a ignorância.

Durante as obras para a construção da ciclovia na avenida o monumento foi tirado de seu lugar original e posto de qualquer jeito na calçada ao lado. Além de prejudicar os pedestres, o monumento ficou praticamente escondido entre as árvores da calçada.

É valido lembrar que essa ciclovia foi construída em um período próximo das eleições. A obra foi entregue em março do ano passado. Um período que todos sabem que em todos os municípios do Brasil os prefeitos realizam obras visíveis. Podemos afirmar que essa ciclovia é um tipo de obra pré-eleitoral: Grande e em um local de grande movimento. 



Só faltou um trabalho de conscientização sobre seu uso, já que muitos ciclistas a ignora. Será que tem gente que não sabe que a ciclovia, já que foi construída está ali para ser utilizada e que é mais seguro do que andar na rua?



quarta-feira, 19 de junho de 2013

Opinião sobre a onda de protestos no Brasil

Enfim, consegui um tempo para voltar a escrever aqui no blog. E não poderia ser em um momento mais oportuno. O Brasil está passando por um momento que certamente estará presente nos próximos livros de história. O povo brasileiro foi às ruas como há muitos anos não se via.  E, a não ser que você esteja dentro de uma estufa isolado de qualquer meio de comunicação você já está sabendo pelo menos dos protestos. Pode até não saber os reais motivos, mas tem algum tipo de informação.
O estopim foi o aumento das passagens dos ônibus urbanos nas grandes cidades, mas as manifestações estão acontecendo por muitos outros fatores. Só pra constar R$0,20 (vinte centavos) realmente é nada, mas para quem é assalariado e precisa pegar dois ônibus para ir trabalhar e outros dois para voltar para casa todos os dias forma um valor que pode sim fazer muita diferença. Nossos governantes estão esquecendo que os serviços públicos devem atender as necessidades da população e não gerar lucro para pequenos grupos de empresários donos das empresas de transporte.
Mas como disse o aumento da passagem é só mais um motivo para sair às ruas para protestar. Outro fator importante é o valor elevado que o governo vem depositando nos estádios para a copa do mundo da FIFA em detrimento dos serviços públicos como saúde e educação. Realmente para fazer a copa é preciso de estádios e não de hospitais como afirmou o ex-jogador “Ronaldo Fenômeno”.  Contudo, para se fazer um país um pouquinho melhor é preciso escolas e hospitais e não ser a sede de um evento esportivo que vale lembrar não é para o povo, sobretudo em razão do valor dos ingressos (cerca de R$ 400,00). Como é possível um país pobre como o Brasil gastar bilhões com um evento que não trará benefícios para sua população, construir estádios em locais que nem times de futebol existem nas regiões e ao mesmo tempo deixar milhares de pessoas morrerem diariamente nas filas de hospitais aguardando atendimento. Nem vou tocar no assunto educação porque historicamente esse país nunca se preocupou com esse item, NUNCA.
E claro, não podemos esquecer a PEC 37, que tira do ministério público o direito de realizar investigações. A PEC 37 sugere incluir um novo parágrafo ao Artigo 144 da Constituição Federal, que trata da Segurança Pública. O item adicional traria a seguinte redação: "A apuração das infrações penais de que tratam os §§ 1º e 4º deste artigo, incumbem privativamente às polícias federal e civis dos Estados e do Distrito Federal, respectivamente”. Ou seja, dá mais alívio aos políticos corruptos.

Esses são só alguns motivos. E já são suficientes para me deixar puto com esse país e seus líderes. Nem falei da corrupção, dos impostos altos, da desigualdade social, má distribuição das terras e por aí vai...

Ah... E caso você não tenha entendido, os manifestantes não são vândalos, criminosos ou arruaceiros tampouco estão errados. Não defenda burguês nem político idiota.

sábado, 8 de junho de 2013

Onde estão as atualizações do blog?

Esse é só um pequeno texto de justificativas. Estou um pouco afastado das atividades aqui do blog e dos vídeos, mas a partir da semana que vem volta tudo ao normal (espero).

O fim de semestre na faculdade e final de bimestre nas escolas estão me deixando pirado e sem tempo para trabalhar nos meus projetos na internet. Mas, você pode ver postagens antigas aqui do blog clicando nos links do arquivo!

Enfim, é isso! Não tenho muito para escrever aqui hoje e nem posso porque estou terminando um trabalho da faculdade e ainda tenho que preparar algumas provas, corrigir outras e organizar os diários... Não acredito que vou dar conta de fazer tudo, mas preciso tentar!

Tchau!

sábado, 1 de junho de 2013

10 ideias errôneas que temos sobre a África


10 – A ÁFRICA É UM PAÍS
Pode parecer inacreditável, mas muitas pessoas, segundo ela, ainda pensam que a África inteira é um país só. Na verdade, o continente africano tem 61 países ou territórios dependentes, e população superior a um bilhão de habitantes (o que faz deles o segundo continente mais populoso, atrás apenas da Ásia).

9 – A ÁFRICA INTEIRA É UM DESERTO
Dependendo das referências (alguns filmes, por exemplo), um leigo pode imaginar que a África inteira seja um deserto escassamente povoado por beduínos e camelos. Mas apenas as porções norte e sudoeste do continente (desertos do Saara e da Namíbia, respectivamente) são assim; a África apresenta um rico ecossistema com florestas, savanas e até montanhas onde há neve no cume.

8 – TODOS OS AFRICANOS VIVEM EM CABANAS
A fama de continente atrasado permite, segundo Vrey, que muitas pessoas achem que a população inteira habite cabanas com paredes de terra e teto de palha. A África, no entanto, tem moderníssimos centros urbanos nos quais vive, na realidade, a maior parte da população. As pessoas que habitam tais cabanas geralmente vêm de grupos tribais que conservam suas vilas no mesmo estado há muitas décadas.

7 – OS AFRICANOS TÊM COMIDAS ESTRANHAS
Uma cidade africana, de acordo com a jornalista, se assemelha a qualquer outra localidade ocidental no quesito alimentação: pode-se encontrar qualquer lanchonete de fast food, por exemplo. Christine explica que os hábitos alimentares dos africanos não diferem muito do nosso, exceto pelo que se come em algumas refeições, como o “braai” (o equivalente ao nosso churrasco).

6 – HÁ ANIMAIS SELVAGENS POR TODA PARTE
Em uma cidade africana, você verá o mesmo número de leões ou zebras que encontraria nas ruas de qualquer metrópole mundial: zero. Não há absolutamente nenhuma condição favorável para eles nos centros urbanos, é óbvio que vivem apenas em seus habitat naturais. Se você quiser ir à África com o intuito de observar animais selvagens, terá que fazer uma viagem específica para esse fim.

5 – A ÁFRICA É UMA EXCLUÍDA DIGITAL
A jornalista Christine conta que ainda conversa com pessoas, pela internet, que ficam surpresas pelo simples fato de que ela, uma africana, tem acesso a computadores e internet! Um dos interlocutores da jornalista chegou a perguntar se ela usava um computador movido a vapor. Ela explica que a tecnologia não perde muito tempo em fazer seus produtos mais modernos chegarem até a África, e que eles estão cada vez menos atrasados em relação ao resto do mundo.

4 – EXISTE O “IDIOMA AFRICANO”
Da mesma forma que ainda há gente que considera a África um único país, também existem pessoas que imaginam todos os habitantes do continente falando a mesma língua. Christine explica que apenas na Namíbia, de onde ela veio, há mais de 20 idiomas usuais, incluindo mais de um “importado” e alguns nativos. Nenhum país do continente tem menos de cinco dialetos correntes.

3 – A ÁFRICA TEM POUCOS HOTÉIS
Não é uma missão impossível encontrar hospedaria em uma visita ao continente africano. As maiores cidades do continente dispõem de dezenas de hotéis disponíveis para turistas. Só nas oito maiores cidades da África do Sul, segundo Vrey, existem 372 hoteis.

2 – OS AFRICANOS NÃO SABEM O QUE É UM BANHEIRO
Há quem pense, de acordo com a jornalista, que todos os africanos sejam obrigados a fazer suas necessidades atrás do arbusto ou em latrinas a céu aberto. Isso vale, segundo ela, apenas para as áreas desérticas e vilarejos afastados. No geral, uma casa na África dispõe de um vaso sanitário muito semelhante ao seu.

1 – TODOS OS AFRICANOS SÃO NEGROS
Da mesma forma que houve miscigenação de raças na América, devido às intensas migrações de europeus, a África também recebeu essas misturas. Na Namíbia, por exemplo, há famílias africanas brancas descendentes de franceses, holandeses e portugueses. Mas não há apenas isso: o continente também abriga grandes comunidades de indianos, chineses e malaios, de modo que não se pode falar em “raça africana”.

Christine Vrey também explica que não existe uma “raça negra”. Muitas pessoas, de acordo com a jornalista, acham que todos os negros são da mesma raça ou grupo étnico. Ela conta que já ouviu pessoas descreverem a própria descendência como sendo, por exemplo, ¼ britânicos, ¼ hispânicos, ¼ russos e ¼ “negros”.

Isso é um engano: há várias características físicas dissonantes entre os povos de pele escura. As diferenças começam pela própria tonalidade: alguns povos têm a pele mais “avermelhada” ou mais marrom do que outros, e alguns são menos escuros, sem levar em conta a miscigenação. Não é possível falar, portanto, em “negros” simplesmente.