terça-feira, 26 de agosto de 2014

A arte milenar do montinho

Matando a saudade dos alunos de Guarani d'Oeste...
As aulas eram assim as vezes :)

O blog voltou a funcionar

Bom galerinha, essa semana o blog voltou a funcionar e espero que dessa vez demore bastante para entrar em crise...

Essa semana postei textos direcionados ao 3º ano do ensino médio da Escola Kendi Nakai sobre conflitos na Caxemira (também serve para o 9º ano) e para o 2º ano do Ensino Médio sobre África. Leiam, pois são bons textos, dois deles (os da África) foram escritos por este professor.


Etnocentrismo, neocolonialismo e imperialismo: as negações da história e da cultura africana

Se a cultura no que tange aos valores e visões de mundo é fundamental para nossa constituição enquanto indivíduos (servindo-nos como parâmetro para nosso comportamento moral, por exemplo), limitar-se a ela, desconhecendo ou depreciando as demais culturas de povos ou grupos dos quais não fazemos parte, pode nos levar a uma visão estreita das dimensões da vida humana. O etnocentrismo, dessa forma, trata-se de uma visão que toma a cultura do outro (alheia ao observador) como algo menor, sem valor, errado, primitivo. Ou seja, a visão etnocêntrica desconsidera a lógica de funcionamento de outra cultura, limitando-se à visão que possui como referência cultural. A herança cultural que recebemos de nossos pais e antepassados contribui para isso, pois nos condiciona ao mesmo tempo em que nos educa.

O etnocentrismo trata-se de uma avaliação pautada em juízos de valor daquilo que é considerado diferente. Sob esse ponto de vista etnocêntrico os europeus subjugaram os africanos, principalmente em razão da cor da pele, língua, formas de organização das tribos, roupas, religião, etc.. Outro fator determinante para o etnocentrismo europeu foi o clima de boa parte do continente africano, que diferente da Europa era um lugar de clima tropical, o que na visão do homem europeu fazia com que o africano não pudesse evoluir intelectualmente como o europeu.

Por Professor Giedrer 

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

África: continente sem história?

Durante séculos foi afirmado de forma veemente que a África não tinha história ou que não era importante. Sobretudo em razão do eurocentrismo promovido pelas potências mundiais dos séculos XVI ao XX. Mas, um outro fato da história africana é determinante na escrita da história desse continente: a tradição oral. O fato dos africanos passarem sua história de geração em geração pela oralidade e não pela escrita facilitou a perda de muitos acontecimentos do povo africano, um dos motivos da perca de boa parte da história africana deve-se à colonização por parte dos europeus, escravização, assassinato de milhares de africanos e, sobretudo a retirada dos povos africanos de suas terras.
Portanto, é possível afirmar que em razão do etnocentrismo europeu, principalmente durante o neocolonialismo na África a condição de ser humano do povo africano foi negada e em consequência sua história. Mas, é importante deixar claro que o fato da história da África ter sido negada durante boa parte do período imperialista europeu não quer dizer que a África não tem a sua história.

Os primeiros trabalhos sobre a história da África são tão antigos quanto o início da história escrita. Os historiadores do velho mundo mediterrânico e os da civilização islâmica medieval tomaram como quadro de referência o conjunto do mundo conhecido, que compreendia uma considerável porção da África. A África ao norte do Saara era parte integrante dessas duas civilizações e seu passado constituía um dos centros de interesse dos historiadores, do mesmo modo que o passado da Europa meridional ou o do Oriente Próximo. A história do norte da África continuou a ser parte essencial dos estudos históricos até a expansão do Império Otomano, no século XVI.
KiZerbo. História geral da África, I: Metodologia e pré-história da África – 2.ed. rev. – Brasília : UNESCO, 2010. 992p.

Compartilhe com seus coleguinhas clicando nos links abaixo!

Conflitos na região da Caxemira: Índia x Paquistão

Só um resumo... 

A Caxemira é uma região montanhosa localizada ao norte da Índia e a Nordeste do Paquistão e tem sido alvo de disputas entre Índia, China e Paquistão desde 1947, após o fim da dominação colonial imposta pelo Reino Unido.
Ao final da dominação colonial britânica, o vasto território das Índias Britânicas dividiu-se entre Índia e Paquistão, porém a região da Caxemira, de maioria islâmica, mas com governo hindu, ficou sem um rumo certo. Com isso, decidiu-se que a região formaria um território autônomo, o que provocou uma série de rebeliões da maioria muçulmana sobre o governo hindu.
O governo, então, solicitou apoio à Índia, que passou a intervir militarmente na região. Em resposta, o Paquistão também enviou tropas em apoio aos muçulmanos. O conflito teve um fim com o estabelecimento de uma divisão territorial em duas zonas, uma paquistanesa, outra indiana.
Porém, os conflitos ainda perduram e a região atualmente é ocupada pelos dois países e também pela China, que vê na região uma posição estratégica para ter acesso ao Tibete e a Sinkiang, localidades sob o domínio chinês.

Fonte: http://www.brasilescola.com/