terça-feira, 30 de novembro de 2010

Carta do Zé agricultor para o Luis da cidade.

A carta a seguir - tão somente adaptada por Barbosa Melo - foi escrita por Luciano Pizzatto que é engenheiro florestal, especialista em direito sócio ambiental e empresário, diretor de Parques Nacionais e Reservas do IBDF/IBAMA 88/89, deputado desde 1989, detentor do 1º Prêmio Nacional de Ecologia.

Carta do Zé agricultor para o Luis da cidade.

 Prezado Luis, quanto tempo.



Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava.
Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite.. De madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra né Luis?
Pois é. Estou pensando em mudar para viver ai na cidade que nem vocês. Não que seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos ai da cidade. To vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente.
Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.
Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né Luis?
 
Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né ...) contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana ai não param de fazer leite. Ô, bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário?
Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando outra né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca.



Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luis, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo.



Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né? casei) tiramos o leite às 5 e meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.



Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luis, ai quando vocês sujam o rio também pagam multa grande né?
Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios ai da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado.
 
Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora!. Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.
Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo ai eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.
 
Tô preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.



Eu vou morar ai com vocês, Luis. Mais fique tranqüilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Ai é bom que vocês e só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem vaca é só abri a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça.

Até mais Luis.
Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta com papel reciclado pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio.

Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A internet má.

Ultimamente a internet tem se tornado a fonte de novos problemas familiares. Na última terça-feira (16/11) uma adolescente de apenas 13 anos desapareceu após marcar um encontro com um homem pela internet e só foi localizada quase uma semana depois. No nordeste duas meninas foram encontradas mortas após saírem de casa para um encontro com um homem que haviam conhecido pela internet. Além desses casos, tem se tornado comuns manchetes em jornais falando de casos de pedofilia e também bullying virtual.
Diferente de quando a internet começou a se popularizar no Brasil no final da década de 1990, quando os ataques eram contra documentos de empresas, vírus para roubar dados de contas bancarias de usuários domésticos, os crimes agora têm se voltado diretamente contra os usuários, sobretudo adolescentes que fazem uso de sites de relacionamento, bate-papo e MSN.
É muito importante que os pais estejam sempre atentos nas atividades dos filhos pela internet. Muitos desses casos de seqüestro, pedofilia e assassinatos que temos visto ultimamente cuja origem é encontros marcados pela internet em salas de bate-papo poderiam ser evitados se os pais estivessem mais atentos às atividades que os filhos estão desenvolvendo a frente do computador e orientando-os aos riscos presentes na vida virtual que frequentemente se voltam para o real, entretanto o que se observa são pais e mães que deixam seus filhos horas à frente do computador por motivos diversos e esquecem de dar o mínimo de atenção necessária ao filho. Os pais devem ser mais presentes na vida dos seus filhos e não deixar que a internet os “crie e eduque”. Outra ação por parte dos pais seria incentivar os filhos a praticarem outras atividades, além das realizadas no computador, como esportes e atividades artísticas, ou seja, fazer com que seu filho participe não somente do mundo virtual, mas também do real, pois este é onde ele realmente vive.
Entretanto nenhuma ação por parte dos pais e até mesmo da escola não será eficaz se o jovem usuário da internet não tomar consciência de seus atos on-line. É inadmissível que um adolescente em sã consciência marque encontros com quem ele nem sabe ao certo que é, bem como fale da intimidade familiar abertamente nas redes sociais. Nesse caso mostra-se necessário mais do que informação dos meios de comunicação, pais e escolas, é preciso conscientização por parte dos jovens e um pouco de maturidade, pois esses casos são revoltantes não somente pelo desaparecimento e pelas mortes, mas também pela irresponsabilidade.

sábado, 20 de novembro de 2010

Sobre a Antártida, você sabia que…

- Dizer Antártida ou Antártica está correto?

- Na Antártida não há bactérias e em razão disto, alimentos podem ser consumidos após anos sem uso, não existe também o mofo, nem latas enferrujam e nem alimentos apodrecem?

- Os blocos de gelo flutuantes (icebergs) são formados por água doce? É em razão disto que os mesmos flutuam, pois a água doce é mais leve que a água salgada do mar;

- A parte visível dos icebergs sobre as águas representam em média apenas 10% do seu total? 90% estão sob as águas;

- Só existem duas estações: verão com 6 meses de sol (não existem noites) e inverno com 6 meses de escuridão (não existem dias)?

- A temperatura média no verão é de 0° C e no inverno de – 20°C, chegando a máxima à – 70° C?

- As reservas de carvão ali existentes podem suprir todas as necessidades do nosso planeta por alguns séculos?
 
É... o mundo é cheio de coisas interessantes e intrigantes.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Você sabe o que é preconceito?

Preconceito é uma postura ou idéia pré-concebida, uma atitude de alienação a tudo aquilo que foge dos “padrões” de uma sociedade. As principais formas são: preconceito racial, social e sexual.
O preconceito racial é caracterizado pela convicção da existência de indivíduos com características físicas hereditárias, determinados traços de caráter e inteligência e manifestações culturais superiores a outros pertencentes a etnias diferentes. O preconceito racial, ou racismo, é uma violação aos direitos humanos, visto que fora utilizado para justificar a escravidão, o domínio de alguns povos sobre outros e as atrocidades que ocorreram ao longo da história.
Nas sociedades, o preconceito é desenvolvido a partir da busca, por parte das pessoas preconceituosas, em tentar localizar naquelas vítimas do preconceito o que lhes “faltam” para serem semelhantes à grande maioria. Podemos citar o exemplo da civilização grega, onde o bárbaro (estrangeiro) era o que "transgredia" toda a lei e costumes da época. Atualmente, um exemplo claro de discriminação e preconceito social é a existência de favelas e condomínios fechados tão próximos fisicamente e tão longes socialmente. Outra forma de preconceito muito comum é o sexual, o qual é baseado na discriminação devido à orientação sexual de cada indivíduo.

O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência, uma vez que é baseado unicamente nas aparências e na empatia.

Fonte: Mundoeducação.com.br
NÃO SEJA PRECONCEITUOSO!

sábado, 13 de novembro de 2010

A Cidade no campo?

No Brasil de forma mais acentuada com a crise do café em 1929 e a partir da década de 1950 o êxodo rural se deu em todo país. Também a partir desse período ocorreu o movimento por parte da população nordestina para os grandes centros nacionais, sobretudo para São Paulo. A população rural deixava seus lares e iam para a cidade em busca de melhores condições de trabalho e de vida.
A vida no campo era demasiadamente precária e essa situação era mais agravante nas regiões Norte e Nordeste. A fome, a seca e a falta de oportunidades expulsava a população sertaneja de suas regiões e por isso esse movimento populacional foi tão intenso. Esse processo também fez com que o Brasil deixasse de ser um país com maior parcela de sua população rural e passou a ser um país de maioria urbana. Todavia esse movimento nos últimos anos vem se desacelerando. A cidade continua a atrair pessoas, porém está mais competitiva, e a cada instante se torna mais difícil viver nas áreas urbanas e principalmente nos grandes centros, sendo assim a vida na cidade se tornou menos atrativa.

Se por um lado a vida nas cidades se tornou mais difícil, podemos dizer que a vida no campo melhorou significativamente. É possível afirmar que a distancia entre o rural e o urbano diminuiu consideravelmente, sobretudo em razão das novas tecnologias que surgiram a partir do final do século XX e que vem se tornando cada vez mais acessíveis à população rural (e não estou falando das máquinas e implementos agrícolas que facilitam o trabalho com a terra). É confuso falar em população rural e urbana, principalmente diferenciar seus modos de vida quando a população rural hoje faz uso de tecnologias como básicas e que hoje são fundamentais para a vida como energia elétrica que possibilita o uso de aparelhos domésticos bem como tecnologias mais avançadas como celular e a internet (esta que se torna cada vez mais usada e indispensável para a vida contemporânea nas cidades do mundo inteiro). Além disso, há as pessoas que moram no campo e trabalham na cidade e as crianças e jovens que vão para as cidades todos os dias em busca de conhecimento nas escolas e universidades.

Portanto, hoje ao analisarmos a cidade e o campo notamos um estreitamento entre essas duas áreas do espaço geográfico e seus habitantes. As duas foram construídas pelo homem e cada uma exerce a sua função para a sociedade. No principio o campo fornecia produtos primários para a indústria e o comércio na cidade e as relações entre um e outro se limitavam a isso, contudo hoje, além disso, a cidade e a indústria produzem tecnologias e serviços para o campo. Por isso é correto afirmar que o modo de vida no campo melhorou e a população rural de modo geral hoje vive praticamente da mesma forma que a população das cidades.

sábado, 6 de novembro de 2010

Qual a sua classe social?

O presidente Lula vive falando que ele fez milhares de famílias subirem para a classe média, mas o que é isso?

O ser humano faz separação de tudo e por tudo, separa por etnia (não pode mais falar raça), religião, orientação sexual, nacionalidade, grau de instrução e também por classe social.

Eu sempre soube que na vida e perante a sociedade nós somos o que temos e não o que realmente somos. Se você é pobre, não importa o que você é, ou que você faz. Você é pobre! E dependendo aonde você vai e o tipo de gente que estará nesse lugar certamente será discriminado!

Mas, eu pergunto: O que é uma pessoa pobre? E porque tratar com diferença?

Tem gente que é demasiadamente prepotente e se julga melhor que o outro só pelo fato de ter uma casa, um carro, um emprego melhor ou até mesmo uma roupa de marca que muitas vezes na verdade é a mesma porcaria de uma roupa comum comprada em uma loja popular. Mas também tem os que dizem: “Eu sou branco, mas não sou preconceituoso”. Se você fala ou já falou isso alguma vez, você é preconceituoso, pois está se qualificando melhor que uma pessoa negra.

Pra você que se acha melhor do que qualquer outra pessoa pelo simples fato de estar em uma classe social mais elevada ou ter certo grau de instrução mais alto, o que tenho pra te dizer é que você não é melhor que ninguém, e o simples fato de você ser um advogado, engenheiro ou empresário não lhe confere o direito de tratar mal ou ridicularizar ninguém. Você tem que se tornar gente, pois se você é egocêntrico ao ponto de se achar melhor do que alguém só pela sua profissão ou quantia de dinheiro que tem no banco não passa de um ignorante prepotente. A sua profissão não é melhor e nem mais importante do que nenhuma outra. Atualmente todos os setores da economia estão interligados e todos os profissionais são necessários. Imagine o que seria do empresário sem o operário ou a faxineira!

Vamos tratar as pessoas com mais respeito, somos todos iguais, todos nós temos as mesmas necessidades (inclusive as fisiológicas). Pare de tratar mal a faxineira ou a operadora do caixa do supermercado só porque você trabalha de terno, deixe de ser ignorante e fazer piadinhas com quem você julga inferior. Quem sabe dessa forma o mundo se transforme em um lugar melhor para se viver. Todos nós somos seres humanos, ou seja, somos iguais independentemente da “classe social” em que vive e os bens que possui.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O uso de novas tecnologias no ensino de Geografia

A geografia como ciência é algo recente, pois somente no final do século XIX ela se torna ciência que tem como objeto de estudo as relações entre homem e o meio-ambiente, o espaço geográfico, a natureza, enfim um campo de estudo bastante vasto. Quando a Geografia vai para as salas de aula no ensino básico até o inicio da década de 1990 ao pensar em geografia, pensava-se em mapas, rios, países, continentes e oceanos. As aulas eram expositivas, onde os alunos tinham que somente escrever e decorar todos os conceitos da geografia, pois só assim conseguiria atingir a nota necessária para “passar de ano”. Atualmente quando se pensa em geografia, instantaneamente surgem novos conceitos e equipamentos como mapas temáticos digitais e interativos, GPS (Global Position Sistem – Sistema de Posicionamento Global), Google Earth com imagens de satélite de alta resolução, internet, etc.

Todas essas novas tecnologias vieram para facilitar o estudo e tornar mais rápido, preciso e dinâmico não somente o trabalho do geógrafo, mas as aulas de Geografia nas escolas também, pois agora já é possível fazer pesquisas mais detalhadas e precisas acessando sites específicos na internet, manusear mapas e fotos de satélite com muito dinamismo com o Google Earth entre outros programas do gênero que hoje são comuns e se tornam cada dia mais acessíveis à população de forma geral, pois até mesmo quem não estuda muitas vezes já tem em seu celular ou no carro um GPS para se localizar, sendo assim, estão fazendo uso de recursos da geografia diretamente e sem ter noção disso. Como um dos principais avanços tecnológicos na área da geografia pode-se citar as imagens de satélites que estão disponíveis na internet.

Enfim, novos recursos surgiram nos últimos anos em um intervalo de tempo muito curto e novas formas de estudar e ensinar geografia estão surgindo e farão com que as aulas de geografia se tornem mais interessantes e os alunos não sairão como no século passado, com o texto e os conceitos todos decorado e não compreendido, terão a possibilidade de aprender e entender todo o contexto.

Todavia para isso realmente acontecer de forma satisfatória e com os alunos fazendo uso realmente das “novas tecnologias geográficas” faz-se necessário e de fundamental importância um professor com conhecimento avançado não só na sua área do conhecimento, mas também com conhecimento mínimo suficiente para ensinar seus alunos fazendo uso dessas tecnologias, pois esse avanço é irreversível e não dá para ficar parado no tempo. Também é essencial que essas novas tecnologias estejam acessíveis cada vez mais, para isso é necessário que aconteça a tão aclamada inclusão digital de forma abrangente a nível nacional, não somente distribuindo computadores para os estudantes e criando postos de acesso à internet como o “Acessa São Paulo” do governo do Estado de São Paulo, mas também se crie projetos para dar o preparo necessário para que as classes menos favorecidas saibam manusear essas novas tecnologias, não somente na escola, mas também no mercado de trabalho que se torna cada dia mais informatizado.

Essas novas tecnologias tendem somente a melhorar a qualidade do ensino e facilitar a compreensão dos alunos, por isso devem ser utilizadas pelos professores e incentivada pelo poder público, pois a Geografia não deve estar embasada somente na decoreba e sim no aprendizado plenamente satisfatório e que quando o aluno sair da escola mesmo não se tornando um profissional da área possa utilizar os conhecimentos adquiridos como professor de Geografia no seu cotidiano, seja para utilizar seu GPS durante as viagens ou para ver o mapa da previsão do tempo de sua região e se localizar no espaço geográfico em que está inserido.
Portanto agora mais do que nunca é hora do professor se atualizar, pois estamos em uma nova era no ensino, tanto público, quanto privado. Estamos vivendo o período da evolução tecnológica e o profissional da educação também deve passar por esse processo.



terça-feira, 2 de novembro de 2010

Nova presidente (do Brasil)!

No ultimo domingo, mais uma vez o povo brasileiro foi às urnas. E dessa vez para eleger a primeira presidente mulher do país. A candidata do PT (Partido dos Trabalhadores) Dilma Rousseff foi eleita pelo voto popular, mas isso todo mundo já sabe. Todavia tanto ela quanto seu oponente José Serra fizeram suas campanhas sem propostas de governo sólidas e confiáveis. O que se viu foram promessas sem fundamento e que não melhorarão a vida da população. Já disse em um post anteriormente que só a educação muda o país, mas os candidatos não conseguem entender isso, ou talvez não queiram entender, já que uma população bem instruída, politizada e educada se torna uma população mais difícil de enganar. As promessas que agora se tornaram compromissos são: melhorar hospitais, garantir a segurança da população, reduzir o número de pessoas que estão abaixo da linha da pobreza, expandir a produção de petróleo no pré-sal, etc. Tudo isso é muito importante, porém não basta. Nenhum candidato, por exemplo, falou como pretendem reduzir as taxas de juros, que hoje é um dos maiores problemas econômicos do país, bem como não falaram sobre a carga tributária. Este que vos escreve particularmente está um tanto quanto cansado de pagar impostos e não ver esse dinheiro sendo investido em praticamente nada para o beneficio da população.
O Brasil hoje atravessa uma situação econômica a nível internacional muito favorável, inclusive pela descoberta e exploração do pré-sal, além de ter a maior parte da sua população em idade ativa. Por esse motivo pode-se afirmar que o cenário econômico que a nova presidente vai encontrar é bom e nessa parte do governo o grande desafio é fazer o país continuar crescendo.
Um dos grandes desafios do novo governo é renovar seus contratos político, econômico e social com o objetivo de se tornar uma nação desenvolvida, com transparência que se faz necessária para reduzir o fosso que atualmente separa a sociedade da classe política e cidadãos do país. O país precisa também se tornar mais competitivo, pois o Brasil está deixando de ser uma economia agrícola e industrial para ser uma economia de serviços. Aí, mais uma vez entra a educação, dessa vez para a qualificação dos profissionais que o mercado está exigindo cada vez mais. Também pode-se afirmar com total certeza que é na construção de um povo mais educado e menos violento que se dará o grande salto de desenvolvimento do Brasil. Talvez essa questão possa fazer realmente a diferença no novo governo do país