sábado, 8 de fevereiro de 2014

Preconceito, homofobia e machismo não existem. E todo pobre pode ser rico

O brasileiro não é racista.
Nem machista.
Muito menos homofóbico.
Ricos e pobres têm acesso iguais a direitos.
Só havia uma negra na minha sala de aula na graduação em jornalismo na USP.
O que faz sentido. Até porque, como todos sabemos, os negros representam 4% da população brasileira.
A proporção de negros na maioria dos cursos da PUC, onde leciono, também é menor que sua incidência na sociedade.
Mas isso não importa, porque não existe preconceito por cor de pele.

Ou como diria Laerte:

Ignorar um machucado não faz ele desaparecer.
Confiar no mito da democracia racial brasileira, construído para servir a propósitos, é tão risível quanto ser adulto e esperar um mamífero entregador de chocolate (a.k.a. Coelho) ou um idoso que possui um negócio de produção e entrefa de brinquedos (a.k.a. Noel).
Tratar pessoas que desfrutam de níveis de direitos diferentes como iguais é manter em circulação coisas que a gente ouve por aí:

- Tinha que ser preto mesmo!…
- Amor, fecha rápido o vidro que tá vindo um escurinho mal encarado.
- Olha, meu filho não é preconceituoso, não. Ele tem amigos negros.
- Eu adoro o Brasil porque é um país onde não existe racismo como nos Estados Unidos. Aqui, brancos e negros vivem em harmonia. Todos com as mesmas oportunidades e desfrutando dos mesmos direitos. O que? Se eu deixaria minha filha casar-se com um negro? Claro! Se ela conhecesse um, poderia sem sombra de dúvida.
- Vê se me entende que eu vou explicar uma vez só. A política de cotas é perigosa e ruim para os próprios negros, pois passarão a se sentir discriminados na sociedade – fato que não ocorre hoje. Além disso, com as cotas, estará ameaçado o princípio de que todos são iguais perante a lei, o que temos conseguido cumprir, apesar das adversidades.

Mas o brasileiro não é homofóbico.
Nem machista.
Muito menos racista.
E todos têm acesso às mesmas condições, desde que nascem, para vencer na vida. Afinal, todos são filhos de Deus.
O blogueiro, “um japonês safado que não honra sua raça'', é que é um idiota.

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