domingo, 23 de fevereiro de 2014

Defendendo a nossa classe (Geográfica)

Texto curtinho, muito interessante extraído da página Geografia Depressão do Facebook

"Todo mundo acredita que a Geografia não passa de uma disciplina escolar e universitária maçante e simplória, cuja função seria fornecer elementos de uma descrição 'desinteressada' do mundo. A despeito das aparências cuidadosamente mantidas, os problemas da Geografia interessam a todos os cidadãos. Pois a Geografia serve, em princípio, para fazer a guerra. Isso não significa que ela sirva apenas para conduzir operações militares. Ela serve também para organizar territórios, para melhor controlar os homens sobre os quais o aparelho de Estado exerce a sua autoridade. A Geografia é, desde o início, um saber estratégico estreitamento ligado a um conjunto de práticas políticas e militares(...) É contudo o espaço o domínio estratégico por excelência, o terreno onde se defrontam as forças em presença e onde se travam as lutas." 

Yves Lacoste


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A População na Revolução Industrial (Geo. da população)

A revolução Industrial deve ser entendida como a generalização das formas de produzir, pesar e agir e abrange a modernização de todos os setores da sociedade. Trata-se de um lado, das transformações econômicas resultantes da expansão do capitalismo e do outro das transformações políticas provocadas pela ascensão ao poder das classes burguesas. Deve-se lembrar ainda, as transformações sociais (definição de novas classes sociais) e culturais (novos modelos de comunicação) – paralelamente a essas modificações desenvolve-se a “transição demográfica” que duraram várias décadas. Quer dizer a passagem de uma situação de altas taxas de natalidade, fecundidade e mortalidade para baixas taxas.
Essa transição, nos países atualmente mais desenvolvidos, coincidiu cronologicamente com a intensificação dos processos de industrialização e de urbanização e também, com as importantes modificações no plano político e no campo cultural. O intervalo entre as duas situações demográficas mencionadas caracterizou-se por uma intensificação do crescimento populacional. Isto ocorreu graças à queda das taxas de mortalidade, mantendo-se elevada a natalidade/fecundidade.
Tomando-se como exemplo clássico a Inglaterra, mas podendo generalizar para outros países desenvolvidos, guardadas as especificidades, observa-se que a burguesia apresentava três grandes segmentos: agrária, comercial e industrial, essas duas ultimas com interesses semelhantes. A burguesia agrária tem o poder político. A burguesia urbana (comercial e industrial) tem o poder econômico. Quem tem o poder econômico deseja o político, para poder garantir e ampliar o poder econômico.
Estabelece-se, assim, um conflito ideológico. O que a burguesia agrária deseja é deter o avanço do liberalismo econômico (que está arruinando, devido à concorrência com a produção externa), doutrina sustentada pela burguesia urbana.
Como a base econômica da burguesia urbana era a exploração da crescente mão-de-obra assalariada, um representante da burguesia agrária – Thomas Malthus – passa a criticar a expansão populacional para, assim, atacar a sustentação da burguesia urbana.
Assustado e preocupado diante da crescente proletarização da sociedade inglesa, Malthus defendeu a tese de que a pobreza era natural e que as reformas sociais serviriam apenas para incentivar o desenfreado crescimento da população pobre. Era necessário reduzir o ritmo de crescimento da população através do controle da natalidade.
Para isso Malthus, propôs o casamento tardio, sempre pensando em diminuir a pobreza ao diminuir o número de pobres. Dizia que a reprodução natural da população se dava numa progressão geométrica enquanto os meios de produção cresciam em progressão aritmética, o que, ao fim de pouco tempo, acarretaria a falta de alimentos para todos.
É claro que malthus não poderia prever que o desenvolvimento técnico – cientifico ao longo do século XIX mostraria que suas previsões pessimistas não se confirmariam. As novas tecnologias agrícolas levaram a uma maior produtividade do solo. Por outro lado, o desenvolvimento econômico pelo qual passou a sociedade inglesa (e logo o resto da Europa) conduziu a um declínio do crescimento demográfico.
            Não devemos nos esquecer que tudo isto acontecia na virada do século XVIII para o XIX, poucos anos após a Revolução Francesa cujas idéias se difundiram entre o proletariado das cidades inglesas. Com medo de que ocorresse na Inglaterra o que havia acontecido na França, as idéias de Malthus acabaram rapidamente sendo incorporadas à ideologia conservadora das classes dominantes. Se a burguesia tinha medo do crescimento da população, por outro lado, necessitava desse crescimento.
            Já por volta de 1830, está claro para a burguesia urbana que ter muita população é vantajoso (mão-de-obra e mercado) e com a exploração do trabalho e as precárias condições de vida se mantinham inalteradas, dois movimentos começaram a se definir. O primeiro por parte dos trabalhadores que, organizados em sindicatos, começaram a reclamar melhores salários e melhores condições de trabalho. Em 1833, na Inglaterra, estabeleceram-se as primeiras leis sociais e, nos EUA, em 1832, houve uma série de greves gerais reivindicando os “3 oito” – oito horas de trabalho, oito horas de estudo ou lazer e oito horas de repouso – direito só generalizado um século mais tarde, depois de muitas lutas como as rebeliões operárias que ocorreram em 1848 por toda a Europa e outras posteriores.
            O segundo movimento foi do Estado (dominado pela burguesia industrial) que passou a fixar normas para a exploração dos trabalhadores, como por exemplo: a idade de 13 anos para começar a trabalhar, a duração da jornada de trabalho, alguns direitos especiais à mulher-trabalhadora-mãe. O Estado passa a participar, cada vez mais da reprodução dos trabalhadores e, gradativamente, ao longo de um século vão sendo concedidas pensões, aposentadorias, salário-família, salário-desemprego, além de serviços gratuitos, principalmente no campo da educação, saúde e saneamento. É bom lembrar que grande parte dos recursos para estes benefícios sai do próprio trabalhador através dos impostos que paga.
            Em meados do século XIX, Karl Marx desponta como um dos maiores contribuintes ao debate econômico-demográfico. Com suas obras escritas.
            Marx denuncia a forma como se dá a exploração do trabalho no capitalismo. Demonstra que, sem que o operário se dê conta, o seu tempo de trabalho é dividido. Na primeira parte produz o valor investido pelo capitalista, na segunda produz um excedente. Na primeira parte produz o equivalente ao salário de sua subsistência. Na segunda um lucro para o capitalista.
            Denuncia ainda que o capitalismo mantém os salários baixos e muitas vezes, no mínimo, graças a existência do exercito industrial de reserva (a massa de trabalhadores desempregados) que é ampliado ou reduzido de acordo com a conjuntura do desenvolvimento capitalista. Somente se o exército industrial de reserva for suficientemente grande, é que o capitalismo tem possibilidade de controlar as pretensões salariais dos trabalhadores e de manter a mais-valia no nível desejado pela continuidade do processo de acumulação. O crescimento do processo de reserva depende, fundamentalmente da atuação de fatores econômicos, como a ocorrência de crises ou como a modernização da agricultura.
            Marx acha que a economia é quem deve adaptar-se às necessidades da população e não ao contrario, como defendem os partidários do controle do crescimento demográfico.
            Num contexto de lutas e de organização crescente, a classe operária, ao longo da segunda metade do século XIX, foi conquistando o direito de manter em casa a mulher e os filhos, o que significou melhoria dos salários e das condições de vida. Forjava-se aí a ampliação e o fortalecimento da classe-média.
            A mortalidade já vinha se reduzindo há décadas e agora com a elevação do custo de formação do individuo, ocorre uma redução da natalidade e uma diminuição do crescimento vegetativo.
            Em conseqüências da elevação dos salários a burguesia capitalista, para não ter seus lucros diminuídos, procura alternativas.

            Essa situação econômico-demográfica manteve-se, sem grandes alterações, ao longo do século XX. Como a natalidade foi se reduzindo cada vez mais, evidenciou-se um crescente envelhecimento da população nos países desenvolvidos, com conseqüente redução da mão-de-obra e encarecimento desta. Para manter as taxas de lucro, esses países passaram a importar trabalhadores estrangeiros e a exportar capitais e indústrias para os países subdesenvolvidos. Busca-se com isto, manter sob controle os salários sem criar atritos com o forte movimento sindical.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Jovens estudantes brasileiros não querem ser professores

Ser professor do ensino básico não é uma alternativa para a maior parte dos estudantes brasileiros. É o que mostra pesquisa recente realizada pelo núcleo de estagiários e aprendizes Nube. A enquete online perguntou aos estudantes “você tem vontade de ser professor do ensino fundamental e médio?” e contou com a participação de 6.910 jovens. Desses, 40,08% responderam “não, é uma profissão cada vez mais desvalorizada”, e 19,69% marcaram a opção “Já tive vontade, mas desisti pelas más condições”.
(...)


Outro fator que contribui para esse desinteresse é a distância que a escola tomou da realidade de crianças e adolescentes. “Há uma tendência (por parte dos estudantes) à negação da escola, pois ela tende a não reconhecer as especificidades do jovem”, comenta o integrante do Observatório da Juventude da UFMG Juarez Dayrell. Ele afirma que as escolas ignorarem o novo estilo de vida promovido pelos avanços tecnológicos também não contribui para uma melhor visão da instituição. “Hoje, o menino entra no Google e fica sabendo de qualquer assunto. A escola continua insistindo na transmissão – e não na produção – de conhecimento e se tornou muito chata”


Fonte: http://www.otempo.com.br/capa/brasil/jovens-estudantes-brasileiros-n%C3%A3o-querem-ser-professores-1.786203 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Preconceito, homofobia e machismo não existem. E todo pobre pode ser rico

O brasileiro não é racista.
Nem machista.
Muito menos homofóbico.
Ricos e pobres têm acesso iguais a direitos.
Só havia uma negra na minha sala de aula na graduação em jornalismo na USP.
O que faz sentido. Até porque, como todos sabemos, os negros representam 4% da população brasileira.
A proporção de negros na maioria dos cursos da PUC, onde leciono, também é menor que sua incidência na sociedade.
Mas isso não importa, porque não existe preconceito por cor de pele.

Ou como diria Laerte:

Ignorar um machucado não faz ele desaparecer.
Confiar no mito da democracia racial brasileira, construído para servir a propósitos, é tão risível quanto ser adulto e esperar um mamífero entregador de chocolate (a.k.a. Coelho) ou um idoso que possui um negócio de produção e entrefa de brinquedos (a.k.a. Noel).
Tratar pessoas que desfrutam de níveis de direitos diferentes como iguais é manter em circulação coisas que a gente ouve por aí:

- Tinha que ser preto mesmo!…
- Amor, fecha rápido o vidro que tá vindo um escurinho mal encarado.
- Olha, meu filho não é preconceituoso, não. Ele tem amigos negros.
- Eu adoro o Brasil porque é um país onde não existe racismo como nos Estados Unidos. Aqui, brancos e negros vivem em harmonia. Todos com as mesmas oportunidades e desfrutando dos mesmos direitos. O que? Se eu deixaria minha filha casar-se com um negro? Claro! Se ela conhecesse um, poderia sem sombra de dúvida.
- Vê se me entende que eu vou explicar uma vez só. A política de cotas é perigosa e ruim para os próprios negros, pois passarão a se sentir discriminados na sociedade – fato que não ocorre hoje. Além disso, com as cotas, estará ameaçado o princípio de que todos são iguais perante a lei, o que temos conseguido cumprir, apesar das adversidades.

Mas o brasileiro não é homofóbico.
Nem machista.
Muito menos racista.
E todos têm acesso às mesmas condições, desde que nascem, para vencer na vida. Afinal, todos são filhos de Deus.
O blogueiro, “um japonês safado que não honra sua raça'', é que é um idiota.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

10 pensamentos do Homer Simpson

HUMOR! Pelo amor de Deus, pois começou o ano letivo.
Dez frases de Homer Simpson, o "pensador" do século 21!

-> 10. Operador! Me dê o número do 911!

-> 9. Eu não sou normalmente alguém que ora, mas se você estiver aí em cima, por favor me salve Superman.

-> 8. Filho, quando você participa de eventos esportivos, não importa vencer ou perder: e sim de quão bêbado você fica.

-> 7. [Encontrando Aliens] Por favor, não me comam! Eu tenho mulher e filhos. Comam eles!

-> 6. Lisa, vampiros são faz-de-conta, como elfos, gremlins e eskimós.

-> 5. Se algo está dando errado, culpe o cara que não fala inglês.

-> 4. Quando eu vejo os sorrisos nas faces das crianças, eu sei que elas estão aprontando alguma coisa.

-> 3. Eu não sou um cara mau! Eu trabalho duro e amo meus filhos.Então porquê eu deveria desperdiçar meio domingo ouvindo sobre como eu vou para o inferno?

-> 2. Pai você fez um monte de coisas maravilhosas, mas você é um cara muito velho, e gente muito velha é inútil.

-> 1. Bart, com $10.000 nós seremos milionários! Nós poderíamos comprar todo tipo de coisas úteis como…Amor!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Qual é o seu lugar?

Se você é uma pessoa que gosta de falar e/ou dar sua opinião, com certeza já deve ter encontrado pessoas que não aceitam ou não concordam com o que você está falando e muito provavelmente já deve ter ouvido alguém lhe dizer: Coloque-se no seu lugar.
Bem, o conceito de lugar em Geografia não é tão difícil de entender, mas muita gente não conhece o significado dessa palavra. Pode-se dizer que lugar é uma parte do espaço onde vivemos nosso dia-a-dia, em interação com o meio, ou seja, estabelecemos vínculos e o (nosso) lugar tem grande importância e significado pra nós. No (nosso) lugar é onde temos os nossos vínculos, seja ele qual for, é nele que trabalhamos, estudamos, casamos, moramos etc.. 
A expressão coloque-se no seu lugar comumente é utilizada por pessoas que não sabem o que "lugar" significa, não aceitam a opinião dos outros ou simplesmente não tem argumentos para um debate.
Mas, mais difícil do que entender o que o conceito de lugar quer dizer é entender que o lugar é um espaço onde o indivíduo social que todos nós somos tem fortes vínculos, como já dito anteriormente, por isso há uma dificuldade enorme nas pessoas de deixar o seu lugar e encontrar outro, pois para isso é necessário adaptação. E essa adaptação pode demorar muito tempo, ou ainda nunca acontecer. Um exemplo simples de como nós mantemos fortes relações com o nosso lugar é a dificuldade que um professor tem em mudar um aluno de lugar na sala e ele aceitar essa situação, ou ainda a mudança de cidade. Nesse último exemplo a situação é muito mais delicada e difícil para a pessoa que está deixando seu lugar, pois vai para outro com diferenças culturais, climáticas, religiosas, educacionais, etc.. Mas, também é difícil para as pessoas aceitarem outros em seu lugar pelos mesmos motivos. A isso damos o nome de xenofobia (quando uma pessoa é discriminada por ser imigrante).
Todos nós temos o nosso lugar, seja ele qual for. E esse não necessariamente é o lugar das pessoas que convivem com a gente, mas temos (e não é fácil) que aceitar o lugar do outro, pelo significado que ele tem para cada um.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Humor: pra começar bem o mês de fevereiro

Inicio de ano letivo, os alunos estão ansiosos para a volta as aulas, os professores também, os pais então... não aguentam mais os filhos em casa o dia todo.
Em alguns lugares do Brasil as aulas já começaram, em outros vão começar segunda-feira. Cada lugar, cada aluno, professor e escola com a sua peculiaridade.
Resolvi postar esse vídeo que assisti agora pouco no YouTube para você aluno rir de nós professores e se lembrar de algum professor com as características dos descritos no vídeo e para você professor também rir de você mesmo, pois rir faz bem!
Tipos de Professores...


Ah... e não se esqueça que é só uma piada. Não se ofenda!

Fonte do vídeo: Canal Parafernalha